domingo, junho 21, 2020
Memórias do Subsolo
"... com o consolo raivoso e sem serventia nenhuma de que um homem inteligente não pode se tornar nada a sério..." [p. 07]
"Todas as pessoas espontâneas e de ação são de ação por serem estúpidas e limitadas." [p. 18]
"De acordo com Buckle, a civilização suaviza o homem, o qual, como consequência, se torna menos sangrento e menos propício à guerra."
[p. 24]
"Desejamos às vezes um puro absurdo por ver nesse absurdo, em nossa estupidez, o caminho mais fácil para obtenção de algum proveito previamente determinado." [p. 28]
"O homem às vezes tem um amor terrível pelo sofrimento, até paixão, e isso é fato." [p.35]
Carrego minha pedra para o edifício da sociedade futura." [Victor Considerant (1808-1893), socialista utópico francês. p. 37]
"Nas lembranças de qualquer pessoa, há coisas que ela não revela a todos, apenas aos amigos. Há outras que não revela nem aos amigos, apenas a si mesma e, ainda assim, em segredo. Mas há, finalmente, aqueles que tem medo de revelar até a si mesma..." [p. 39]
"Digo sem nenhum acanhamento. Todo homem honesto de nosso tempo é e deve ser um covarde e um escravo. Essa é sua condição normal. Estou profundamente convencido disso. Foi feito assim e ajustado para isso. E não no presente, devido a circunstâncias casuais, mas em todos os tempos o homem honesto tem que ser um covarde e um escravo. É a lei da natureza para todas as pessoas honestas sobre a terra." [p. 45]
"... por pior que seja a família, sempre são o pai e a mãe, não inimigos, não gente de fora. Pelo menos uma vez por ano vão lhe demonstrar amor. Apesar de tudo você sabe que está em casa. Só que eu cresci sem família; foi por isso que saí tão... insensível." [p. 91]
"... a pessoa só gosta de contabilizar sua desgraça, mas não contabiliza a felicidade. Se contabilizasse direito, veria então que sempre tem o seu quinhão assegurado."[p. 92]
"... todos nós nos desacostumamos da vida, claudicamos todos, uns mais, outros menos. Estamos desacostumados a ponto de sentir, vez ou outra, uma repugnância pela verdadeira "vida viva", por isso não podemos suportar quando nos lembram dela. Afinal, chegamos ao ponto de considerar a verdadeira "vida viva" quase um trabalho, quase um serviço, concordando no íntimo que nos livros é melhor." [p. 123]
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