"... não se disse que a pérola é produto de uma doença da ostra?" [p. 13]
"E nós sabemos que a vida não merece bocejos. É rica demais, séria demais, interesssante demais e principalmente curta demais para que fiquemos diante dela nessa atitude de fastio." [p. 13]
"E aqui nos vamos por entre relíquias, já com essa pressa cretina do turista profissional que não visita os lugares porque deseja realmente vê-los, mas sim porque quer ter o direito de mais tarde dizer aos outros e a si mesmo que os viu" [p. 46]
"Uma das coisas que mais me tem encantado nesta viagem ao México é verificar a sobrevivência do artesão. Nessa nossa era tecnológica em que pouco a pouco estamos transferindo para as máquinas não só a tarefa de fazer as coisas como também a de pensar, não deixa de ser agradável encontrar gente que ainda usa com gosto e imaginação os mais antigos instrumentos de trabalho de que se tem notícia - as mãos." [p. 86]
"É bem certo que um homem quando viaja carrega aonde quer que vá os seus poetas, pintores e músicos. Aquele chão é de Gauguin. Os camponeses de Van Gogh. O céu de cristal nasceu duma sonatina de Mozart. Mas esse chofer gorducho que conta anedotas ao sargento seco e silencioso do primeiro banco, esse, senhores, é meu, modestia à parte." [p. 116]
""Nossa morte ilumina nossa vida" - disse Otávio Paz. Não é apenas uma frase: é uma verdade. E o termo ilumina está bem empregado." [p. 271]

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