quinta-feira, julho 15, 2021

História de Juazeiro do Norte - Cronologia



1806 - Nasce José Antonio Pereira Ibiapina, futuro Pe. Ibiapina. 

 1827 JUL 15 - Lançamento da pedra fundamental da capela de N. Sra. das Dores pelo Pe. Pedro Ribeiro.

1833 JUL 09 - Morte de Pe. Pedro Ribeiro.

1844 MAR 24 - Nasce Cícero Romão Batista.  

1854 - Criação da diocese do Ceará, tendo Luiz Antonio dos Santo como primeiro bispo.

1872 ABR 11 - Chegada  do Pe. Cícero para residir em Joaseiro.

1883 - Morre o Pe. Ibiapina.

1898 - Acompanhado do pernambucano João Batista de Oliveira, Pe. Cicero vai a Roma.

1907 AGO 18 - Joaquim Bezerra de Menezes conduz a primeira reunião cívica em que é pautada a independência de Joaseiro.

1909 JUL 18 - É fundado por Pe. Joaquim Marques de Alencar Peixoto o jornal "O Rebate".

1910 AGO 14 - Morte de José Marrocos.

1910 SET 07 - Com manifestações pelo povoado, Joaseiro se declara independente do Crato. Paulo Maia dá p primeiro grito de viva a independência de Joaseiro.

1910 DEZ 18 - Adoção do nome de Vila do Juazeiro do Pe. Cícero, pelo povoado. 

1911 FEV 18 - Uma comissão cratense chefiada por Cel Abdon da Franca Alencar vem a Juazeiro para formalizar acordo para emancipação do município. 

1911 JUL 22 - Juazeiro conquista sua independência. 

1911 OUT 03 - Pe. Cícero é nomeado intendente de Juazeiro.

1911 OUT 04 - Pacto do coronéis é oficializado em Juazeiro. 

1912 JAN 24 - Deposição de Nogueira Accioly da presidência do Ceará. 

1912 JUL 14 - Cel. Franco Rabelo assume a presidência do Ceará.

1943 DEZ 30 - Juazeiro passa a se chamar Juazeiro do Norte.

1957 FEV 24 - Morre em Goiás o Pe. Alencar Peixoto. 

2009 JUL 18 - Criado a efeméride "Dia Municipal da Imprensa Juazeirense" em homenagem ao centenário de criação do jornal "O Rebate".  

sábado, janeiro 30, 2021

Leituras & Releituras 2021







01] Para Amar Graciliano - Ivan Marques
02] Malone Morre - Samuel Beckett
03] Palavra Puxa Palavra - Rosa Feire D'Aguir
05] Albert Camus, uma vida - Olivier Tood
06] Corações Sacerdotais - Pe. Gabriel Vila Verde  
07] Uma Breve História do Brasil - Mary Del Priore - Renato Venâncio
08] HISTÓRIA DA INDEPENDÊNCIA DE JUAZEIRO DO NORTE - Daniel Walker
09] Ensaios - George Orwell

quarta-feira, janeiro 20, 2021

Futebol ao Sol e à Sombra


[p. 15] "Enquanto dura a missa pagã (partida de futebol), o torcedor é muitos. Compartilha com milhares de devotos a certeza de que somos os melhores, todos os juízes estão vendidos, todos os rivais são trapaceiros."

[p. 16] "O gol é o orgasmo do futebol."

[p. 19] "O técnico acredita que o futebol é uma ciência e o campo um laboratório, mas os dirigentes e a torcida não apenas exigem a genialidade de Einstein e a sutileza de Freud, mas também a capacidade milagrosa de Nossa Senhora de Lourdes e a paciência de Gandhi."

[p. 33] "Os futuros chefes da sociedade aprendiam a vencer jogando o futebol nos pátios dos colégios e das universidades. Ali, os rebentos da classe alta desafogavam os seus ardores juvenis, aprimoravam sua disciplina, temperavam sua coragem e afiavam sua astúcia. No outro extremo da escala social, os proletários não precisavam extenuar o corpo, porque para isso havia as fábricas e as oficinas, mas a pátria do capitalismo industrial havia descoberto que o futebol, paixão de massas, dava diversão e consolo  aos pobres e os distraía de greves e outros maus pensamentos."

[p. 34] "Em 1891 o arbitro entrou em campo pela primeira vez, usando um apito; marcou o primeiro pênalti da história e caminhando doze passos assinalou o lugar da cobrança. Fazia tempo que a imprensa britânica vinha fazendo campanha a favor do pênalti. Era preciso proteger os jogadores na hora do gol, que era cenário de chacinas. A Gazeta de Westminster havia publicado uma impressionante lista de jogadores mortos e de ossos quebrados."

[p. 40] "Em que o futebol se parece com Deus? Na devoção que desperta em muitos crentes e na desconfiança que desperta em muitos intelectuais."

[p. 41] "Muitos intelectuais de esquerda desqualificam o futebol porque castra as massas e desvia sua energia revolucionária. Pão e circo, circo sem pão: hipnotizados pela bola, que exerce uma perversa fascinação, os operários atrofiam sua consciência  e se deixam levar como um rebanho por seus inimigos de classe." 

[p. 42] "Naqueles primeiros anos do século não faltaram intelectuais de esquerda que celebraram o futebol, em vez de repudiá-lo como anestesia da consciência. Entre eles, o marxista italiano, Antonio Gramsci, que elogiou 'este reino da lealdade humana exercida ao ar livre'."

[p. 43] "Um momento lembra, na Ucrânia, os jogadores do Dínamo de Kiev de 1942. Em plena ocupação alemã, eles cometeram a loucura de derrotar uma seleção de Hitler no estádio local. Tinham sido avisados: 'Se ganharem morrem'. Entraram resignados a perder, tremendo de medo e de fome, mas não puderam aguentar a vontade de ser dignos. Os onze foram fuzilados vestidos com as camisas, no alto de um barranco, quando terminou a partida."

[p. 62] "Na copa de 30, o Uruguai estreou um monumental cenário construído em oito meses. O estádio se chamou Centenário, para celebrar o aniversário da Constituição que um século antes tinha negado direitos civis às mulheres, aos analfabetos e aos pobres."

[p. 64] "Em 1930, Albert Camus, era o São Pedro que tomava conta da porta da equipe de futebol da Universidade de Argel. Disse: - Aprendi que a bola nunca vem para a gente por onde se espera que venha. Isso me ajudou muito na vida, principalmente nas grandes cidades, onde as pessoas não costumam ser aquilo que a gente acha que são as pessoas direitas."

[p. 76] "No mundial de 38, a Itália disputou a final contra a Hungria. Para Mussolini, este triunfo era uma questão de Estado. Na véspera, os jogadores italianos receberam, de Roma, um telegrama de três palavras, assinado pelo chefe do fascismo: 'Vencer ou morrer'. Não houve necessidade de morrer, porque a Itália venceu por 4 x 2."

[p. 97] "No mundial de 54, o Brasil estreou a camisa amarela com gola verde, uma vez que a camisa anterior, branca, tinha lhe dado azar no Maracanã. Mas a cor canarinho não teve efeito imediato: O Brasil foi derrotado pela Hungria numa partida violenta, e não pôde chegar às semifinais. A delegação brasileira denunciou à FIFA o árbitro inglês, que tinha atuado "a serviço do comunismo internacional, contra a Civilização Ocidental e Cristã"."

[p. 183] "Quando a Espanha ainda sofria a ditadura de Franco, o presidente do Real Madri, Santiago Bernabéu, definiu assim a missão do time: '- Estamos prestando um serviço à nação. O que queremos é  manter as pessoas contentes.' O seu colega do Atlético de Madri, Vicente Calderón, elogiava também as virtudes desse valium coletivo: ' - O futebol é bom para que as pessoas não pensem em outras coisas mais perigosas.' "

[p. 199] "Os jogadores o que são? Micos de circo? Embora se vistam de seda, continuam micos? Nunca foram consultados na hora de decidir quando, onde e como se joga. A burocracia internacional altera as regras do futebol  a seu gosto, sem que os jogadores tenham arte nem parte. E não podem nem mesmo saber quanto dinheiro produzem suas penas, e onde vão parar essas fortunas fugitivas." 

[p. 204] "Uma jornalista perguntou à teólogo alemã Dorothee Solle:

              - Como a senhora explicaria a um menino o que é a felicidade?

              - Não explicaria - respondeu. - Daria uma bola para que jogasse. " 

segunda-feira, janeiro 18, 2021

Malone Morre



 

"... sozinho você descansa das miudezas da vida em sociedade"

"Pensando bem, com que direito uma flor na mão faz atribuir ao portador dela a culpa de tê-la colhido."