"Se puderdes escrever claramente, simplesmente, eufonicamente e ainda com vivacidade, escreverei perfeitamente: escreverei como Voltaire." [p. 54]
"A norma está predeterminada. Só o artista, e talvez o criminoso, podem fazer o que querem." [p. 60]
"É bom não esperar muito dos outros. podemos, assim, ficar agradecidos quando nos tratam bem, mas imperturbáveis quando nos tratam mal." [p. 65]
"Para mim a leitura é um descanso como para outros a conversão ou um jogo de cartas. É mais do que isso; é uma necessidade, e, se sou privado dela algum tempo, sinto-me tão irritável como o viciado privado da sua droga." [p. 91]
"A vida também é uma escola de filosofia, mas é como esses modernos jardins-da-infância em que deixam as crianças entregues às suas próprias inclinações e em que elas só se ocupam com as coisas que lhes interessam. Sua atenção é levada para o que parece ter significação para elas, e não tomam conhecimento do que não lhes toca de perto." [p. 208]
"Nós somos joguetes da natureza. Terremotos continuarão a fazer estragos, secas a arruinar colheitas, e imprevistas inundações a destruir as prudentes construções dos homens. A loucura homana, ai de nós, continuará a devastar com guerras as nações. Continuarão a nascer homens inaptos para a vida, e a vida será uma carga para eles. Enquanto alguns forem fortes e outros fracos, o fraco será será levado contra o muro. Enquanto os homens sofrerem a maldição do sentimento de posse, e presumo que durará enquanto eles existirem, arrancarão o que puderem dos que não tiverem forças para impedi-lo. Enquanto tiverem instinto de domínio, exercê-lo-ão à custa da felicidade dos outros. Em suma, enquanto o o homem for homem, tem de estar preparado para enfrentar todos os males que possam suportar." [p. 246]
"A vida completa, o padrão perfeito, compreende tanto a velhice como a juventude e a madureza. A beleza da aurora e o esplendor do meio-dia são coisas agradáveis, mas tolo seria quem baixasse as cortinas e acendesse as luzes para afastar da vista a tranquilidade do entardecer." [p. 250]
